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quinta-feira, 4 de março de 2010

Aprendi com a Igreja

Durante a minha longa caminhada como "cristão" de igreja,descobri que tudo que aprendi foi regras sobre como manter minha conduta ética-"cristã",aprendi que amar a Deus era o mesmo que me policiar todos os dias para não cair em pecado.
Sobre o amor de Deus mesmo aprendi pouco,aprendi que bastava sentir uns arrepios,chorar um pouco e cantar "belos hinos" que isso provaria meu amor a Ele e o quando Ele me amava...será que era isso? sei lá nunca fui de questionar.
Então passei muitos anos preso no conhecimento dos outros ( meus pastor "porta voz"), o que foi muito bom,ele me moldava com o que achava que era certo para nós " os cristãos",mais e o amor de Deus? A eu sabia pouco,sabia que Ele me amava mais sei lá....amor distante......
Escultei boas pregações e isso me fazia me sentir bem...até por que nunca era de prestar atenção em sermões quando conseguia chamar minha atenção era por que a coisa tinha fluido mesmo,que coisa boa tava no caminho....
O tempo passou e ser de igreja sempre foi muito bom,músico que estava sempre na frente,esse era eu, que não conseguia nem entender qual era a razão de tudo aquilo ali...é,era cego,mudo e surdo.
Bem esse texto vai continuar até o fim da minha vida...rsrs...mais o que quero dizer é que hoje reconheço o quanto fui prisioneiro de sabedoria nenhuma,sinto falta de ter sido apresentado mais tempo ao Mestre,hoje tem sido dificil o contato com Ele,sinto um pouco de vergonha,mais de vez em quando tomamos café juntos, coisa que faço muito pouco,mais que é algo sempre muito bom, o que tenho a dizer é que preciso saber mais do seu amor por mim,que como diz Brennan Manning no grande dia O Mestre irá perguntar, você acreditou que eu te amava? marque um X logo na questão por que nessa banca meu querida não há como encher linguiça..rsrsrssr só a uma resposta a dizer:sim eu acreditei!!!!!!!

2 comentários:

  1. Achei muito bom este post. A partir dele pude refletir minha conduta cristã, através de minha ferramenta de trabalho: a análise sociológica. Utilizando-me dos conceitos deste maravilhoso autor, Max Weber, fica aí um pouquinho daquilo que tem me influenciado e me feito refletir. Ao utilizar conceitos weberianos como racionalidade e conduta da vida, fica aí minha confusão de idéias através de leituras feitas dos textos de Weber e de outras pessoas que escreveram pensando em suas análises.

    Para Max Weber, ao falarmos de conduta racional, citando o caso dos puritanos, pressupõem-se o conhecimento dos meios e dos fins. Assim, cada esfera de conhecimento e de valor fornece uma linha específica de ação específica, cabendo ao agente escolher se sua ação assumirá predominantemente um sentido religioso, artístico, político, econômico ou científico.

    Nesse sentido, os novíssimos modos de existência, colocados pelo acontecimento histórico da racionalidade, são remetidos à questão que nos parece central em Weber: a da liberdade do agir – o que configura a possibilidade de ação racional é o fato de ser o agente quem escolhe os meios, os fins e os valores que darão sentido à sua ação, bem como é dele a possibilidade de prever as conseqüências de sua ação no mundo. No entanto, essa racionalização da conduta pelos puritanos produziu resultados sociais imprevistos e indesejáveis. Logo, o caráter multifacetado, polissêmico e perspectivista da racionalização nos revela que uma ação vista a partir de um determinado ângulo pode ser racional, e vista por outro pode não sê-lo.

    Ao colocar a racionalidade formal como engendradora de regras gerais para a esfera econômica, traduzindo-as como os meios adequados às suas ações, das quais não é possível escapar se o agente quiser obter êxito e sucesso econômico. Tais leis, evidentemente, não contemplam as particularidades da racionalidade material, seus valores últimos e seus significados da vida, daí não se encontrarem harmonicamente na vigência das ações. E Weber acrescenta que a condição para uma ação livre no plano econômico é a obediência às leis da economia (Weber, 1999:97). Fazendo uma alusão da racionalidade na esfera econômica ao plano religioso, mesmo quando tentamos pôr em cheque aquilo que nos fora ensinado – como diria Erik, pela Igreja -, a minha questão sobre um rompimento total – pois parcialmente já o tenho feito – é justamente a perda das bases morais de conduta da vida e, consequentemente, a não obtenção de êxito, se o agente quiser escapar, tal como exemplificado na esfera econômica. Aí, entra a não contemplação das particularidades e de seus valores últimos e seus significados gerando uma incompatibilidade entre estas duas coisas. Aí eu me pergunto: se Weber diz que a condição para uma ação livre no plano econômico é a obediências às leis da economia, como ser livre, no plano religioso, se tentamos romper com àquilo que nos fora ensinado sempre? Weber diz que o indivíduo é o único portador de sentido, ou seja, apenas o indivíduo pode escolher o fim que deseja dar à sua ação; e ao fazer isso, ele é o responsável pela orientação de sua conduta no mundo.

    Para Weber, especialmente, o tema da liberdade vem necessariamente
    acompanhado do tema da responsabilidade ética, isto é, a partir de meios dados, o agente calcula as oportunidades e as conseqüências da efetivação dos fins de sua ação.
    Sendo assim, a ética da responsabilidade coloca-se como uma antípoda da ética irracional da convicção, que despreza as conseqüências das ações e se liga à ação racional-final. Em vista dessa evidente interpenetração da ação racional-final e da ética da responsabilidade, torna-se fácil perceber que, para Weber, a racionalidade – mesmo ou essencialmente a que caracteriza a alta modernidade – não se define por ser uma entidade histórica aquém e além dos embates éticos do indivíduo, ao contrário, está
    entranhada neles (Löwith, 1999:21

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  2. Ao admitir que cumpre-nos apenas viver conforme a sociedade já bem o definiu, cada qual desempenhando seus papéis sociais como o de marido, esposa, pai, mãe, trabalhador etc, permanecemos presos, impedindo o nosso maior desenvolvimento. Não percebemos que cada papel carrega em si o próprio limite de nossa atuação. Em contrapartida, perdemos o espaço à criação de performances alternativas e desta forma reduzimos as chances de desenvolver a autonomia crítica, visto pouco questionarmos se os papéis que desempenhamos socialmente são a única maneira de viver e interagir.
    Dessa forma mais simples e menos hard do que o primeiro post, fica aí minha reflexão sobre o que escreveu. Muito boa sua indagação. Às vezes, não somos apenas nós que desempenhamos o nosso papel social, acho que até o nosso Deus também desempenha o papel social Dele que fora proposto pela sociedade. E o seu papel social parece ter dado certo, pois nos sentimos cada vez mais terrificados e menos amados, mesmo qndo Ele tenta nos fazer ver que ele não está preso a convenções, e sim intrinsecamente ligado à Graça que nos alcança cada dia.

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